segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dia 37 – Meu amor, meu amor


Meu amor meu amor
meu corpo em movimento
minha voz à procura
do seu próprio lamento.

Meu limão de amargura meu punhal a escrever
nós parámos o tempo não sabemos morrer
e nascemos nascemos
do nosso entristecer.

Meu amor meu amor
meu nó e sofrimento
minha mó de ternura
minha nau de tormento

este mar não tem cura este céu não tem ar
nós parámos o vento não sabemos nadar
e morremos morremos
devagar devagar.

           José Carlos Ary dos Santos



Retirado de escritatrocada.blogspot.com

Quando o cansaço nos vence…quando não se acredita em nada… fica a letargia de uma morte lenta… vagarosa… como o passar dos dias vazios…

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