sábado, 9 de outubro de 2010

Dia 49 – A unicidade dos momentos e as oportunidades perdidas

Não creias, Lídia, que nenhum estio
Por nós perdido possa regressar
Oferecendo a flor
Que adiámos colher.

Cada dia te é dado uma só vez
E no redondo círculo da noite
Não existe piedade
Para aquele que hesita.

Mais tarde será tarde e já é tarde.
O tempo apaga tudo menos esse
Longo indelével rasto
Que o não-vivido deixa.

Não creias na demora em que te medes.
Jamais se detém Kronos cujo passo
Vai sempre mais à frente
Do que o teu próprio passo.
Sophia de Mello Breyner
Retirado de publicacoesgoldalsky.blogspot.com

Cada momento é único, irrepetível… Desperdiçamos o tempo em banalidades e mas o relógio não pára. Um dia vamos olhar para trás e querer recuperar o tempo perdido… mas é uma mera ilusão. O tempo passa e não volta, assim como as oportunidades que a vida nos oferece!

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